segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

NATAL- PARTE VIII - POESIAS NATALINAS

A ÁRVORE DE NATAL

                                                         Izilda Virginia Ciorlia da Matta

Na rua em que eu passei, tinha uma vitrina,
na loja da esquina, e uma Árvore de Natal.
A Árvore de Natal era bem grande, espessa,
como se fosse um pinheiro natural.
Mas era branca, de papel crepom e de uma neve artificial,
e carregada de bolas coloridas.
Parei,
e olheir para a árvore branca, tão bonita.
E pensei,
que nada foi mais importante, na infância
do que a Árvore de Natal.
Ela chegava muito tempo antes do Papai Noel,
e ficava ali quietinha, à distância,
com bolinhas de vidro que corta,
com enfeite de papel que amassa
e ninguém podia tocar-lhe.
Mas como tocava à gente...
Cada hora que passava,
e a hora não passava nada,
a criançada ficava diante da árvore enfeitada,
esperando o grande dia.
Quanta alegria! Quanta cumplicidade!
E quando alguém nos dizia  que Papai Noel não trazia
nem brinquedo, nem presente, se fosse desobediente,
a gente sabia... Não era verdade!
quando chegava a noite, o mistério acontecia....
Lá no fundo do seu tronco,
correndo de galho em galho,
de baixo pra cima, de cima pra baixo,
tanta luz aparecia.
Com o olhar desconfiado, apesar de muito medo,
a gente chegava perto, a gente tocava o dedo,
e começava a partilha:
- aquele duende tem dono.O carneirinho era seu.
a bola pequenininha passava a ser minha filha.
E saia a discussão, não se chegava a um acordo:
- aquela bolinha eu não gosto, está velha e descascada.
- Esta verde é mais bonita, todinha com brilho novo,
aproxime-se, e veja a sua cara de ovo,
bem disforme e engraçada!
- Bote a língua de fora, assim: Hã!
- parece fina e enrolada!!!
O sino que não tinha som, tocava em nossos ouvidos:
din-don - toda manhã.
A bota de um lado só, a neve no dia quente,
tinha até um esquimó com seu iglu transparente.
O coração de cetim bordado com renda preta,
tinha gravado em carmim, tão difícil para mim,
compreender as suas letras: MERRY CHRISTMAS.
No topo ficava o pino, que ninguém nunca alcançava,
debaixo dele o Menino de Nazaré balançava,
no colo da Mãe Maria.
Anjinhos com asas vazadas.
Caixinhas, dentro, vazias.
Guirlandas, renas, trenó,
velas multicoloridas, tingidas com giz de cera,
e uma bengala listrada, que eu nunca entendi por quê?!!
( Papai Noel não era manco!!!)
quanto encanto!
Na raíz, o presépio pobrezinho com seu telhado rachado,
e o Menino Jesus, num manto branquinho, enrolado, sorria...
a vaquinha, o burrinho, a galinha, o galinho,
o patinho, carneirinho, cabritinho, cavalinho,
a vaquinha, o burrinho, ih! - A gente até se perdia...
a alegria era tanta no rosto dos três Reis Magos,
Baltazar, Belchior, Gaspar, ficavam sempre de lado,
com as mãos cheinhas de ouro, com o olhar buscando lá em cima
o caminho de Belém, nas estrela purpurina.

Na rua em que passei tinha uma vitrina,
na loja da esquina...E uma Árvore de Natal.
A árvore era branca, como a paz que imaginamos...
E parecia um pinheiro natural, qual a felicidade que buscamos...
Mas era feita de papel crepom, onde embrulhamos tantos desenganos...
Carregada de bolas coloridas, frágeis como nossas vidas.

***
NATAL
                                                  autor: desconhecido

Era apenas uma pequena aldeia quieta
na calma da noite,
até o momento em que a Estrela de Natal
derramou sobre ela sua luz brilhante.
Então os pastores na encosta
e os Homens Sábios de longe
vieram badalar os sinos em adoração
na mangedoura, debaixo da estrela.
E o coro dos anjos cantou alegremente:
"Paz na Terra, boa vontade" -
Enquanto murmúrios de mão amorosa
guardavam o ainda minúsculo bebê.
Sim, era apenas uma pequena aldeia
Como tantas aqui na terra,
até o glorioso momento
do Natal de nosso Santo Salvador!

***

ANTE O NATAL
                                                         Maria Dolores
                                                                      página recebida
                                                                                      pelo médium Chico Xavier
                                                                                         em 9/10/99 - Uberaba - MG
                                                                                
A esperança se agiganta,
A Natureza se renova e brilha,
A passarada feliz
Voa, vibra e canta.
O berço pobre,
a estrela que rebrilha,
O jardim que encanta.
As flores brilham. Que Maravilha!
É Jesus que vem de novo,
Falar de Deus ao coração do povo,
Com a sua palavra que reluz!
Saudam-se os cristãos de toda a Terra,
É o domínio da Paz, banindo a guerra!
É o Senhor! É Jesus!... Sempre Jesus!

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