quarta-feira, 8 de setembro de 2010

HISTÓRIA DA MÚSICA PARTE II

                                                História da Música  -parte II


Fonte: http://www.edukbr.com.br/
           
Tempos posteriores
 Música Renascentista
A Renascença, na música, data do século XIV no sul da Europa e de um pouco mais tarde no norte europeu. Os compositores desejavam escrever música secular sem se preocupar com as práticas da Igreja. Sentiam-se atraídos pelas possibilidades da escrita polifônica, na qual cada voz podia ter sua própria linha melódica. A escrita polifônica fornecia oportunidades técnicas para efeitos de grande brilho, que eram impossíveis até então. Uma forma secular de composição, o madrigal, surgiu no século XIV, na Itália. Os compositores escreviam madrigais em sua própria língua, em vez de usar o latim. Compositores flamengos escreveram obras neste estilo, embora se dedicassem quase essencialmente à composição sacra.

Na Itália, Giovanni Palestrina, criou o mais importante sistema de escrita polifônica que antecedeu a Bach. Durante a Renascença, a música inglesa atingiu o apogeu, surgiram grandes compositores madrigalistas ingleses que musicavam a poesia da época.

Música Barroca

A música barroca substituiu o estilo renascentista após o século XVII e dominou a música européia até cerca 1750. Era elaborada e emocional, ideal para integrar-se a enredos dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em forma musical, seguida de perto pelo oratório. A música italiana barroca atingiu o auge com as obras de Antônio Vivaldi.

O início do século XVIII foi marcado por dois grandes compositores: Bach e Haëndel. A família de Bach era composta de músicos que atuaram do século XVI ao século, 50 membros desta família Johann Sebastian foi o seu maior representante, e foi com quem a música barroca atingiu o seu ponto culminante. Haëndel desenvolveu-se na Inglaterra, compôs peças musicais de vários gêneros, mas sobretudo grande número de oratórios, onde seu estilo se caracteriza pela grandiosidade.

Música Clássica

Os compositores clássicos acreditavam que a música deveria ter uma forma polida e galante, só desejavam expressar emoções de uma maneira refinada e educada. Suas obras são cheias de brilhantismo e vivacidade. Entre os compositores que dominaram a época estão: Joseph Haydn e Wolfgang Amadeus Mozart, ambos com uma obra vastíssima. Haydn compôs mais de 100 sinfonias, enquanto Mozart compôs mais de 600 peças. Ambos desempenharam um papel importante no desenvolvimento da sonata para piano, nos quartetos de cordas e em outras formas musicais.

Romantismo

Os compositores românticos achavam o estilo de música do Classicismo artificial. Sentiam que a música poderia ser fantasiosa e emocional, com a imaginação fornecendo os meios e o sentimento expressando o estado de espírito. A força da expressão substituía o refinamento que faltava em suas obras. Muitos compositores importantes surgiram nesta época: Beethoven, que apesar de ser um mestre das formas clássicas, afastava-se delas sempre que isso lhe parecia necessário para atingir suas metas artísticas. Era fundamentalmente um classicista, mas escreveu obras de espírito romântico. Franz Schubert, um extraordinário compositor do início do romantismo. Carl Maria von Webwer, alemão que imprimiu o primeiro exemplo importante de espírito nacionalista à ópera. Mendelssohn, também alemão que obteve fama por sua música instrumental e teve o grande mérito de ter renovado o interesse pela música de Bach.

Nesta época também surgiu o polonês Frederic Chopin, que passou a maior parte de sua vida na França e é famoso por suas peças para piano.

Nacionalismo

Um dos frutos do romantismo foi que muitos compositores começaram a procurar, de diversas maneiras, expressar na música os sentimentos de seu povo. O nacionalismo musical desenvolveu-se de diversas formas em vários países; muitos compositores estudaram o folclore de seu país e aproveitaram música folclórica em suas obras.

Na França, o nacionalismo criou uma marcante e nova tradição na ópera e em obras sinfônicas dramáticas. George Bizet compôs Carmen, uma das mais conhecidas e executadas óperas até hoje. Franz Liszt, húngaro de nascimento, mas que estendeu suas atividades tanto à França como à Alemanha, representa um vínculo musical entre esses dois países.

Na Alemanha, Richard Wagner dominou a forma operística com seus revolucionários dramas musicais. Johannes Brahms rejeitou a influência do teatro e procurou dar continuidade à tradição de Beethoven, preferia a música pura sem dramatizações. A valsa do estilo vienense e a ópera ligeira começaram com Johann Strauss e atingiram o auge com seu filho.

Na Itália, Rossini, Puccini e Verdi desenvolveram a ópera que atingiu o auge e seus mais belos momentos.

O mais popular compositor russo é Tchaikovsky, com sinfonias que continuam a ser as mais admiradas obras russas do gênero. Rachmaninoff concentrou-se principalmente em peças para o piano.
                                        
Século XX

No século XX houve ganho de popularidade do rádio pelo mundo, e novas medias e tecnologias foram desenvolvidas para gravar, capturar, reproduzir e distribuir música. Com a gravação e distribuição, tornou-se possível aos artistas da música ganhar rapidamente fama nacional e até internacional. As apresentações tornaram-se cada vez mais visuais com a transmissão e gravação de vídeos musicais e concertos. Música de todo gênero tornou-se cada vez mais portátil.
A música do século XX trouxe nova liberdade e maior experimentação com novos gêneros musicais e formas que desafiaram os dogmas de períodos anteriores. A invenção e disseminação dos instrumentos musicais eletrônicos e do sintetizador em meados do século revolucionaram a música popular e aceleraram o desenvolvimento de novas formas de música. Os sons de diferentes continentes começaram a se fundir de alguma forma.

Música no século XX

O século XX presenciou o desenvolvimento de quatro aspectos importantes na história da música:

1. O sempre crescente espírito nacionalista;

2. O aparecimento de importantes compositores norte-americanos e latino-americanos;

3. A ascensão de estilos internacionais na música, pela primeira vez desde o período clássico do século XVIII;

4. A procura de novos princípios harmônicos que substituíssem a harmonia tradicional de tônica-dominante.

1. O Nacionalismo tornou-se marcante na música espanhola. Os compositores soviéticos, dominados pelo governo comunista, criaram uma perspectiva oficialmente anti-romântica, conhecida como realismo socialista.

Os mestres húngaros escreveram obras calcadas em canções folclóricas mas com um estilo pessoal.

2. Novos compositores americanos começaram a expressar idéias de vanguarda de muita importância na música do século XX. A América Latina produziu compositores muito importantes como o mexicano Carlos Chávez e o brasileiro Heitor Villa Lobos.

3. Estilos internacionais. No início do século XX surgiu o Impressionismo, criado na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice Ravel. O compositor russo Igor Stravinsky, foi um inovador por excelência, criando vários estilos musicais. Suas criações levaram-no do nacionalismo e neoclassicismo até as composições dodecafônicas. Os primeiros balés de Stravinsky, especialmente A Sagração da Primavera, foram logo aceitos como clássicos contemporâneos.

4. Novos princípios harmônicos: os músicos acreditavam que já haviam esgotado todos os recursos do sistema tônica-dominante e sentiam que a música precisava de uma estrutura harmônica nova. Muitas inovações foram feitas e despertaram uma reação violenta de protesto, tanto do público como de compositores conservadores e críticos. Fizeram experiências de atonalidade e de politonalidade (duas ou mais tonalidades mesmo tempo).

Na década de 60, o nacionalismo deixou de representar uma força na música erudita. O mundo musical apresentava uma situação semelhante ao século XVII, quando estilos internacionais dominavam o cenário musical e compositores das mais diversas procedências e escolas podiam compartilhar dos mesmos pontos de vista artísticos. Nos países comunistas, o realismo socialista era o estilo oficial.

Alguns compositores continuaram a criar dentro dos conceitos de harmonia diatônica ou cromática. Ampliaram os limites de sistema harmônico de tônica-dominante, sem o destruir. Embora fossem combatidos por críticos e outros compositores, que os acusavam de conservadores, conseguiam obter o aplauso de um grande público amante da música. Vários compositores ocasionalmente omitiram o intérprete em favor da música eletrônica, que aumentou muito as possibilidades técnicas abertas ao compositor e à expressão musical.

Stockhausen e John Cage tornaram-se figuras importantes na criação e desenvolvimento da música aleatória ou improvisada. Ao contrário da música eletrônica, a música aleatória depende principalmente do intérprete. O compositor propõe alguns elementos rítmicos, harmônicos e melódicos e o intérprete a partir daí, cria sua própria interpretação. Por este motivo, não existem duas execuções iguais da mesma composição aleatória.

Fonte: http://www.edukbr.com.br/
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