sábado, 10 de agosto de 2013

HISTÓRIA QUE AS NOSSAS ESCOLAS NÃO CONTAM

recebi por e-mail, desconheço o autor, mas peço licença para divulgar a história de um homem estrangeiro que muito fez  divulgando a música e os músicos brasileiros. Ficarei muito contente em saber quem é o autor do histórico e das fotos.
Yara 



OS GRAMOFONES

Frederico Figner nasceu em dezembro de 1866 em Milewko, na então Tcheco-Eslováquia. Ainda muito jovem e buscando ampliar seus horizontes migrou para os Estados Unidos, chegando ao país no momento em que Thomas Edison estava lançando um aparelho que registrava e reproduzia sons por meio de cilindros giratórios. 
Fascinado pela novidade, adquiriu um desses equipamentos e vários rolos de gravação, embarcando com sua preciosa carga em um navio rumo a Belém do Pará, onde chegou em 1891 sem conhecer uma única palavra do Português. Naquela cidade começou a exibir a novidade para o público, que pagava para registrar e escutar a própria voz. O sucesso foi imediato e, de Belém, Fred se dirigiu para outras praças, sempre com o gravador a tiracolo. Passou por Manaus, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Salvador antes de chegar ao Rio de Janeiro, no ano seguinte, já falando e entendendo um pouquinho do nosso idioma e com um razoável pé de meia.  Na Cidade Maravilhosa, Figner abriu sua primeira loja, a Casa Edison, em um sobrado da Rua Uruguaiana, onde importava e comercializava esses primeiros fonógrafos.

Comercial da Casa Edison da Rua Uruguaiana 


CASA EDISON


Por essa mesma época o cientista judeu Emile Berliner tinha acabado de lançar nos Estados Unidos um equipamento de gravação que utilizava discos revestidos com cera, com qualidade sonora superior ao do aparelho de Thomas Edison.  Fred Figner percebeu de imediato o potencial da nova invenção e transferiu seu estabelecimento de um sobrado da Rua Uruguaiana para uma loja térrea na tradicional Rua do Ouvidor, onde abriu o primeiro estúdio de gravaçãoe varejo de discos do Brasil, em 1900.

Casa Edison da Rua do Ouvidor 

OS PRIMEIROS DISCOS 


Os discos fabricados por Figner nessa fase inicial utilizavam cera de carnaúba,
eram gravados em apenas uma das faces e tocados em vitrolas movidas a manivela. Apesar das limitações técnicas, essa iniciativa representou uma verdadeira revolução para a música popular brasileira, que engatinhava, pois até então os artistas só podiam se apresentar ao vivo ou comercializar suas criações por intermédio de partituras impressas. 

O primeiro disco brasileiro foi gravado na Casa Edison pelo cantor Manuel Pedro dos Santos, o Bahiano,em 1902. Era o lundu “Isto é Bom”, de autoria do seu conterrâneo Xisto da Bahia. 

A partir daí mais e mais artistas começaram a gravar suas composições em discos que eram distribuídos pela Casa Edison do Rio e também pela filial que Figner havia aberto em São Paulo. 

A procura pelos discos cresceu tanto que em 1913 Fred decidiu instalar uma indústria fonográfica de grande porte na Av. 28 de Setembro, Vila Isabel, dando origem ao consagrado selo Odeon.


Discos Odeon

A MANSÃO FIGNER


Fred Figner era um homem à frente do seu tempo e para coroar o sucesso nos negócios decidiu erguer uma residência que espelhasse seu perfil empreendedor.  

A hoje conhecida Mansão Figner, na Rua Marquês de Abrantes 99, no Flamengo,abriga o Centro Cultural Arte-Sesc e o restaurante Bistrô do Senac. 

É considerada exemplo arquitetônico de “casa burguesa do início do século 20”. 

Fred Figner utilizou-a como hospital, em 1918, durante a pandemia conhecida como Gripe Espanhola. 

Apesar dele próprio estar acometido pela enfermidade, atuou como um prestativo auxiliar de enfermagem, transformando seu palacete em uma improvisada enfermaria de campanha que chegou a abrigar quatorze pacientes em seu interior.


Mansão Figner Hoje

RETIRO DOS ARTISTAS


Fred era um homem generoso e solidário.  Pela própria natureza do trabalho nas suas duas gravadoras havia se tornado amigo  de muitos músicos e cantores de sucesso. 

Em uma época que antecedeu à criação da Previdência, ficou consternado com a situação de penúria que alguns desses artistas tinham de enfrentar ao chegar à velhice. Sensibilizado com esse verdadeiro drama social, não titubeou e decidiu doar o terreno, em Jacarepaguá, para a construção da modelar instituição Retiro dos Artistas, que funciona até os dias de hoje.


Retiro dos Artistas em Jacarepaguá

                
                     
 O FINAL

Em 19 de janeiro de 1947, quando faleceu, aos 81 anos de idade. Ao se abrir o seu testamento, verificou-se que este Fred Figner havia destinado parte substancial dos seus bens às obras sociais de Chico Xavier. 

O jornal carioca A Noite Ilustrada publicou editorial em que o judeu Frederico Figner foi honrado, post-mortem, com o merecido título de “O mais brasileiro de todos os estrangeiros”.







segunda-feira, 11 de março de 2013

HAVIRA - VELAS, VERDADES E MENTIRAS



Para quem gosta de Heavy Metal recomendo:
Bateria: Digão
Baixo: Giovanni
Guitarra: Lucas
Vocal: Emerson
Guitarra: Renê

A MÚSICA É DE AUTORIA DA BANDA E O ÁUDIO É  PARA DEMONSTRAÇÃO.



Yara da Mata - 11/3/2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ESCOLAS DE SAMBA CAMPEÃS- 1932 a 2012 - RIO/SÃO PAULO



FONTE: GOOGLE: ENCICLOPÉDIA WIKIPÉDIA
NOVA HISTORIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA - ABRIL CULTURA - 1979
CARNAVAL CARIOCA - 100 ANOS - EDIÇÃO CARAS EXTRA NR. 18

ESCOLAS DE SAMBA CAMPEÃS - RIO DE JANEIRO

ANO
ESCOLA
ENREDO
1932
Mangueira
Sorrindo
1933
Mangueira
Uma segunda-feira no Bonfim da Bahia
1934
Mangueira
República da Orgia
1935
Vai Como pode ( atual Portela)
O Samba dominando o Mundo
1936
Unidos da Tijuca
Sonhos Delirantes
1937
Visinha Faladeira
A Origem do Samba
1938
               Apuração não realizada

1939
Portela
Teste ao Samba
1940
Mangueira
Prantos, Pretos e Poetas
1941
Portela
Dez Anos de Glória
1942
Portela
A Vida do Samba
1943
Portela
Brasil, Terra da Liberdade
1944
Portela
Motivos Patrióticos
1945
Portela
Brasil Glorioso
1946
Portela
Alvorada do Novo Mundo
1947
Portela
Honra ao Mérito
1948
Império Serrano
Antonio Castro Alves
1949
Império Serrano (pela FBES)
Exaltação à Tiradentes

Mangueira  (pela UCES_
Apologia ao Mestre
1950
Império Serrano  (pela FBES)
Batalha Naval do Riachuelo

Mangueira (pela UCES)
Plano Salte –Saúde, Alimentação, Transporte e energia

Prazer da Serrinha (p/UGESB)


Unidos da Capela ( p/UGESB)

1951
Império Serrano (p/FBES)
Sessenta e um anos de República

Portela ( p/ UGESB)
A Volta do Filho Pródigo
1952
         Apuração não realizada

1953
Portela
As seis datas Magnas
1954
Mangueira
Rio de Janeiro de Ontem e de Hoje
1955
Império Serrano
Exaltação a Duque de Caxias
1956
Império Serrano
O Caçador de Esmeraldas
1957
Portela
Legados de D. João VI
1958
Portela
Vultos e Efemérides do Brasil
1959
Portela
Brasil, Panteon de Glórias
1960
Portela
Rio, a Capital Eterna

Mangueira
Glória ao Samba

Salgueiro
Quilombo dos Palmares

Unidos da Capela
Produtos e costumes da Nossa Terra

Império Serrano
Medalhas e Brasões
1961
Mangueira
Recordações do Rio Antigo
1962
Portela
Rugendas: Viagens pitorescas através do Brasil
1963
Salgueiro
Chica da Silva
1964
Portela
O segundo casamento de D. Pedro I
1965
Salgueiro
História do Carnaval Carioca
1966
Portela
Memórias de um Sargento de Milícias
1967
Mangueira
O Mundo Encantado de Monteiro Lobato
1968
Mangueira
Samba, festa de um povo
1969
Salgueiro
Bahia de Todos os Deuses
1970
Portela
Lendas e Mistérios da Amazônia
1971
Salgueiro
Festa para um Rei Negro
1972
Império Serrano
Alô, Alô, taí Carmem Miranda
1973
Mangueira
Lendas do Abaeté
1974
Salgueiro
O Rei de França na Ilha da Assombração
1975
Salgueiro
O Segredo das Minas do Rei Salomão
1976
Beija-Flor
Sonhar com Rei dá Leão
1977
Beija-Flor
Vovó e o Rei da Saturnália na corte Egípciana
1978
Beija-Flor
A criação do Mundo na tradição Nagô
1979
Mocidade Ind. Padre Miguel
O Descobrimento do Brasil
1980
Imperatriz
O que é que a Bahia tem?

Beija-Flor
O Sol da meia-noite, uma viagem ao país das maravilhas

Portela
Hoje tem marmelada!
1981
Imperatriz
O teu cabelo não nega ( só da Lalá)
1982
Império Serrano
Bum bum Paticumbum Prugurundum
1983
Beija-Flor
A grande constelação das estrelas negras
1984
Mangueira
Yes, nós temos Braguinha

Portela
Contos de Areia
1985
Mocidade Ind. Padre Miguel
Ziriguidum 2001 – Carnaval nas Estrelas
1986
Mangueira
Caymmi mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira têm
1987
Mangueira
O Reino das Palavras, Carlos Drummond de Andrade
1988
Vila Isabel
Kizomba, a festa da raça
1989
Imperatriz  Leopoldinense
Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!
1990
Mocidade Ind. Padre Miguel
Vira, Virou, a Mocidade chegou
1991
Mocidade Ind. Padre Miguel
Chue...Chuá... As águas vão rolar
1992
Estácio de Sá
Paulicéia Desvariada – 70 anos de Modernismo
1993
Salgueiro
Peguei um Ita no Norte
1994
Imperatriz Leopoldinense
Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e dos Tabajéres
1995
Imperatriz Leopoldinense
Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube, lá no Ceará
1996
Mocidade Ind. Padre Miguel
Criador e Criatura
1997
Viradouro
Trevas! Luz!  A Explosão do Universo
1998
Mangueira
Chico Buarque da Mangueira

Beija-Flor
Pará – O mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-anu
1999
Imperatriz Leopoldinense
Brasil, mostra a tua cara em Theatrum Rerun  Naturalium Brasiliae
2000
Imperatriz Leopoldinense
Quem descobriu o Brasil foi seu Cabral do dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval.
2001
Imperatriz Leopoldinense
Cana Caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco, quero vê descê o suco na pancada do ganzá
2002
Mangueira
Brasil com Z é pra cabra da peste – Brasil com s é nação do Nordeste

2003
Beija-Flor
O povo conta a sua história: Saco vazio não para em pé – A mão que faz a guerra, faz a paz
2004
Beija-Flor
Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa... que alimenta o corpo equilibra a alma e transmite a paz
2005
Beija-Flor
O vento corta as terras dos Pampas. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete povos na fé e na dor...Sete missões de amor
2006
Vila Isabel
Soy loco por ti América – A Vila canta a latinidade
2007
Beija-Flor
Áfricas: do Berço Real à Corte Brasiliana
2008
Beija-Flor
Macapabá: Equinócio Solar, Viagens Fantásticas no Meio do Mundo
2009
Salgueiro
Tambor
2010
Unidos da Tijuca
É Segredo!
2011
Beija-Flor
A Simplicidade de um Rei
2012
Unidos da Tijuca
O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão.


ESCOLAS DE SAMBA CAMPEÃS - SÃO PAULO            
                                                   
ANO
ESCOLA
ENREDO
1950
Lavapés

1951
Lavapés

1952
Lavapés

1953
Lavapés

1954
Brasil de Santos

1955
Garotos do Itaim


Nenê de Vila Matide
Casa Grande e a Senzala
1956
Garotos do Itaim


Lavapés

1957
Unidos do Peruche

1958
Nenê de Vila Matilde
O Grito do Ipiranga
1959
Nenê de Vila Matilde
Chica da Silva
1960
Nenê de Vila Matilde
O despertar de um gigante
1961
Lavapés

1962
Unidos do Peruche

1963
Nenê de Vila Matilde
Enaltecendo uma raça
1964
Lavapés

1965
Nenê de Vila Matilde
O Mundo Encantado de Monteiro Lobato

Unidos do Peruche
IV Centenário do Rio de Janeiro
1966
Unidos do Peruche
Exaltação a Carlos Gomes
1967
Unidos do Peruche
Exaltação a São Paulo
1968
Nenê de Vila Matilde
Vendaval Maravilhoso
1969
Nenê de Vila Matilde
Com Recife antigo no coração
1970
Nenê de Vila Matilde
Paulicéia Desvairada
1971
Mocidade Alegre
São Paulo e seus carnavais
1972
Mocidade Alegre
São Paulo, trabalho, seresta e samba
1973
Mocidade Alegre
Odisséia de uma raça
1974
Camisa Verde e Branco
Uma certa nega Fulô
1975
Camisa Verde e Branco
Tropicália
1976
Camisa Verde e Branco
Atlântida e suas chanchadas
1977
Camisa Verde e Branco
Nairanã, a alvorada dos pássaros
1978
Vai-Vai
Na arca de Noel quem entrou não saiu mais
1979
Camisa Verde e Branco
Almôndegas de Ouro
1980
Mocidade Alegre
Embaixada de sonho e bamba
1981
Vai-Vai
Acredita se quiser
1982
Vai-Vai
Orun-Ayê O eterno amanhecer
1983
Rosas de Ouro
Nostalgia
1984
Rosas de Ouro
A velha academia berço de heróis
1985
Nenê de Vila Matilde
O dia em que o cacique rodou a baiana, ai ó!
1986
Vai-Vai
Do jeito que a gente gosta
1987
Vai-Vai
A volta ao Mundo em 80 minutos
1988
Vai-Vai
Amado Jorge, a história de uma raça brasileira
1989
Camisa Verde e Branco
Quem gasta tudo num dia, no outro assovia
1990
Camisa Verde e Branco
Dos Barões do café a Sarney, onde foi que eu errei?

Rosas de Ouro
Até que enfim... o sábado
1991
Camisa Verde e Branco
Combustível da Ilusão

Rosas de Ouro
De piloto de fogão a chefe da nação
1992
Rosas de Ouro
Non Ducor Duco, qual é a minha cara
1993
Camisa Verde e Branco
Talismã

Vai-Vai
Nem tudo que reluz é ouro
1994
Rosas de Ouro
Sapoti
1995
Gaviões da Fiel
Coisa boa é pra sempre
1996
Vai-Vai
A rainha, a noite tudo transforma
1997
X-9 Paulistana
Amazônia, dama do universo
1998
Vai-Vai
Banzai Vai-Vai
1999
Gaviões da Fiel
O Príncipe Encoberto ou a Busca de Dom Sebastião na ilha de São Luís do Maranhão

Vai-Vai
Nostradamus
2000
Vai-Vai
Vai Vai Brasil

X-9 Paulistana
Quem é você?
2001
Vai-Vai
O Caminho da Luz – A Paz Universal

Nenê de Vila Matilde
Voei, Voei, na Vila aportei, onde me deram uma coroa de rei
2002
Gaviões da Fiel
Xeque-Mate
2003
Gaviões da Fiel
As Cinco Deusas Encantadas na Corte do Rei Gavião
2004
Mocidade Alegre
Do Além-mar à Terra da Garoa, Salve Esta gente boa
2005
Império de Casa Verde
Brasil- Se Deus é por Nós, Quem será contra Nós?
2006
Império de Casa Verde
Do boi místico ao boi real . De Garcia D’Ávilla na Bahia ao Nelore – O  boi que come capim- A Saga da Pecuária no Brasil para o mundo
2007
Mocidade Alegre
Posso ser inocente, debochado, irreverente...afinal , sou o Riso dessa gente!
2008
Vai-Vai
Vai-Vai Acorda Brasil
2009
Mocidade Alegre
Da chama da razão ao Palco das Emoções... Sou máquina, Sou Vida...Sou coração pulsando forte na Avenida!!!
2010
Rosas de Ouro
Cacau: um grão precioso que virou chocolate, sem dúvida se transformou no melhor presente!
2011
Vai-Vai
A música venceu!
2012
Mocidade Alegre
Ojuobá – No Céu, os olhos do Rei... na Terra, a Morada dos Milagres... No coração, um Obá Muito Amado!