As tradições e os símbolos de
Natal cultuados hoje em dia tiveram origens tão diversas quanto pitorescas e
constituem, sem dúvida, os melhores presentes que a humanidade já recebeu.
O Natal é a grande noite do
ano, o momento de reunião de toda a família, a troca de presentes, a arrumação
da árvore, a preparação da comida... O Espírito do Natal contagia a todos ricos
e pobres.
Mas, qual é o real
significado dessa festa? E o que é, afinal, o tal do Espírito Natalino?
AS ORIGENS DO NATAL
O Natal tem sua origem nas
festas pagãs dos escandinavos e celtas, que ocorriam no meio do inverno, e das saturnálias dos romanos que durante
sete dias viravam tudo de cabeça para baixo: homens se vestiam de mulheres, e
vice-versa; patrões serviam os escravos, ninguém podia ser preso.
Na Inglaterra, a saturnália,
introduzida pelos soldados romanos invasores, transformou-se em Festa dos
Loucos, onde tudo era permitido. Mil anos depois, a puritana Inglaterra não
queria aceitar celebrar o nascimento de
Jesus nessa época do ano, pois não se admitia que uma festa pagã fosse
apropriada pela Igreja e transformada em data sacra. Mas era isso mesmo que a Igreja queria: para popularizar a CHRIST MASS, a missa de
Natal, em louvor ao nascimento de Jesus (daí o nome em inglês CHRISTMAS)
permitiram que ela passasse a ocorrer nas datas das antigas celebrações
de Solstício de Inverno, que em todas as tradições do hemisfério norte do nosso
mundo, os povos louvavam o Sol com grandes fogueiras, bebendo e comendo,
pedindo seu breve retorno.As saturnálias romanas eram
em louvor a Saturno, deus da agricultura. Depois, na Idade Média, com a Festa
dos Loucos, era permitido fazer farra até dentro da igreja.
Muito antes disso, na Pérsia,
havia o sacrifício do boi, duzentos anos antes do nascimento do Cristo. Era o culto a Mithras. Acreditava-se que ele
havia nascido no dia 25 de dezembro, de uma mãe virgem, numa caverna. Na arte antiga, Mithras era mostrado como um
cordeiro, e ele não foi o único deus antigo cuja vida lembra a de Jesus. O deus grego Apolo, o deus babilônio Baal, e
os deuses egípcios Osiris e Horus, nascidos a 26 e 27 de dezembro,
respectivamente, também são associados à adoração do Sol. O deus indiano
Krishna também nasceu numa caverna, com uma estrela brilhando acima dele. Os
judeus tinham no Hanukkah a sua celebração do solstício de inverno, sendo um
tempo de brincadeiras e presentes.
Um costume que vinha dos
druidas, antigo povo celta, era queimar uma tora de madeira durante doze dias ininterruptos.
Daí o costume da tocha de Natal que devia queimar durante doze dias, sem ser
jamais apagada, em todo o norte da Europa.
Na época vitoriana, começaram
a aparecer os cartões de Natal e o
renascimento de toda uma arte angelical. Hoje, no mundo inteiro, luzes e mais
luzes tremulam nas árvores. É a tradição continuando...
Ninguém sabe ao certo se o
aniversário de Jesus aconteceu mesmo no dia 25 de dezembro. Astrônomos e
astrólogos tentam entender se o que houve naquela época foi uma conjunção dos
planetas Saturno e Júpiter, o aparecimento
de um cometa ou a explosão de uma supernova. As teorias mais correntes
dizem que houve uma conjunção dessa magnitude sete anos antes de Cristo. Isso
significaria que estaríamos agora entrando em 2023. Também se discute muito se
Jesus nasceu mesmo em dezembro. As teorias dizem que ele teria nascido em
abril, maio ou agosto, meses bem mais quentes, justificando o fato de pastores
estarem fora com suas ovelhas, o que
jamais aconteceria no inverno.
Tenha nascido em abril ou
dezembro, Jesus Cristo é o homem mais importante do nosso tempo, um divisor de
águas na humanidade. Seu nome vem da versão em grego de Joshua ou Jeshua, que
significa “Salvador”. Cristo é a tradução grega para o hebreu "messiah", ou "escolhido".
Fonte: Natal (Biba Arruda e
Mirna Grzich) – Editora Três – Coleção Anjos
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