segunda-feira, 7 de julho de 2014

OFICINA DA VOZ II - O INSTRUMENTO VOCAL



APARELHOS: RESPIRATÓRIO- FONADOR - RESSONADOR

O instrumento vocal se divide em 3 partes:  aparelho respiratório, aparelho fonador, aparelho ressonador.

APARELHO RESPIRATÓRIO

É impossível ser um bom cantor se não se possui um perfeito controle da respiração.
A respiração natural é a que se realiza durante o sono. Para compreendê-la, basta colocar uma mão sobre o estômago e a outra sobre as costelas, estando deitado. Nota-se que toda a caixa torácica se dilata.
Todo ar inspirado deve transformar-se em som para que seja cheio e puro. Ao emitir demasiado ar para um som, a voz se torna velada e parece estar se ouvindo um escape de gás.
A respiração se realiza em três tempos:
1º tempo – inspiração pelo nariz ampla e profunda, silenciosa e rápida.
2º tempo – um instante de suspenso para o bloqueio do ar. As costelas estão separadas.
3º tempo – Expiração – a caixa torácica e o abdômen permanecem dilatados o maior tempo possível.
Para facilitar o controle do dar, os músculos devem pressionar suavemente para baixo, tendo a mesma sensação da expiração quando bocejamos.
Uma boa respiração proporcionará nitidez no ataque e no final dos sons, assim como em sua continuidade.
No canto, a respiração deve ser controlada – a inspiração é mais curta e a expiração é mais longa.




O diafragma  é um músculo estriado em forma de cúpula e principal responsável pela respiração humana (também é auxiliado pelos músculos intercostais e outros músculos acessórios); serve de fronteira entre a cavidade torácica e a abdominal.
Na inspiração, ele abaixa-se pelo aumento da caixa torácica. Na expiração, ele fica relaxado e a pressão dos músculos abdominais faz com que as vísceras do abdome o leve a sua posição. 
  

APARELHO FONADOR

O aparelho fonador é formado pela laringe  e as cordas vocais, epiglotis, ossos iodes, glotis, cordas vocais superiores, cordas vocais inferiores, cartilagem da tiroide, cartilagem cricóides, traquéia.
A laringe também é chamada de “voice-box”, que quer dizer caixa de voz, uma vez que é a fonte da voz.
A cordas vocais, ou melhor as pregas vocais, são ligamentos fixados à laringe ao longo de sua borda interna.




A boca tem um papel importante na articulação das palavras e também na transformação do som.
O queixo deve estar livre de toda concentração, podendo subir e descer sem alternar o som.
A língua deve voltar ao seu lugar rapidamente, que é o fundo da mandíbula inferior. A rigidez da língua dificulta as subidas estrangulando o som. Isto acontece, principalmente, com os sons agudos. Fazendo exercícios com a língua fora da boca, se libera a passagem do ar e os sons podem chegar até os ressonadores.
O véu do paladar deve elevar-se para que o som se torne redondo, fechando as fossas nasais e liberando o fundo da garganta.
Os lábios devem obedecer à pronúncia. O som não dependerá de caretas ou contrações dos músculos faciais.








APARELHO RESSONADOR



O som produzido pela vibração das cordas vocais é muito fraco, e seria inaudível  se não fosse amplificado pelos ressonadores próximos à laringe. Assim, como o som de uma corda de violão deve ressonar na caixa de madeira, o som das cordas vocais deve passar pelos ressonadores para adquirir brilho, amplitude e redondeza.
Os ressonantes mais importantes são os ossos do peito (para os sons graves) e da cabeça (para os sons médios e agudos).
A beleza, o timbre e a amplitude da voz, dependem mais de qualidade dos ressonadores que das cordas vocais.
As cavidades de ressonância são faringe, cavidade nasal e fossas nasais, cujo principal papel na fonação é reforçar ou não os harmônicos dando o aspecto vocal final (qualidade) ao indivíduo. É Possível acrescentar um quarto ressonador formado pela projeção e arredondamento dos lábios.
A região das cavidades ósseas, entre a mandíbula superior e a testa, é chamada de “máscara”.  É a região mais importante da ressonância vocal.
“cantar na máscara” ou “cantar para frente”, significa cantar usando os ressonadores faciais. Esses ressonadores, porém, são os mais difíceis de alcançar.
A passagem do grave para o agudo depende da adaptação da boca.







Imagens: internet- Google





















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