APARELHOS: RESPIRATÓRIO- FONADOR - RESSONADOR
O
instrumento vocal se divide em 3 partes:
aparelho respiratório, aparelho fonador, aparelho ressonador.
APARELHO RESPIRATÓRIO
É impossível ser um
bom cantor se não se possui um perfeito controle da respiração.
A respiração natural é
a que se realiza durante o sono. Para compreendê-la, basta colocar uma mão
sobre o estômago e a outra sobre as costelas, estando deitado. Nota-se que toda
a caixa torácica se dilata.
Todo ar inspirado deve
transformar-se em som para que seja cheio e puro. Ao emitir demasiado ar para
um som, a voz se torna velada e parece estar se ouvindo um escape de gás.
A respiração se
realiza em três tempos:
1º tempo – inspiração
pelo nariz ampla e profunda, silenciosa e rápida.
2º tempo – um instante
de suspenso para o bloqueio do ar. As costelas estão separadas.
3º tempo – Expiração –
a caixa torácica e o abdômen permanecem dilatados o maior tempo possível.
Para facilitar o
controle do dar, os músculos devem pressionar suavemente para baixo, tendo a
mesma sensação da expiração quando bocejamos.
Uma boa respiração
proporcionará nitidez no ataque e no final dos sons, assim como em sua
continuidade.
No canto, a respiração
deve ser controlada – a inspiração é mais curta e a expiração é mais longa.
O diafragma é um músculo estriado em forma de
cúpula e principal responsável pela respiração humana (também
é auxiliado pelos músculos
intercostais e outros músculos
acessórios); serve de fronteira entre a cavidade torácica e a abdominal.
Na inspiração, ele abaixa-se pelo aumento
da caixa torácica. Na expiração, ele fica relaxado e a pressão dos músculos
abdominais faz com que as vísceras do abdome o leve a sua posição.
APARELHO
FONADOR
O aparelho fonador é formado pela laringe e as cordas vocais, epiglotis, ossos iodes,
glotis, cordas vocais superiores, cordas vocais inferiores, cartilagem da
tiroide, cartilagem cricóides, traquéia.
A laringe também é chamada de
“voice-box”, que quer dizer caixa de voz, uma vez que é a fonte da voz.
A cordas vocais, ou melhor as pregas
vocais, são ligamentos fixados à laringe ao longo de sua borda interna.
A boca tem um papel
importante na articulação das palavras e também na transformação do som.
O queixo deve estar
livre de toda concentração, podendo subir e descer sem alternar o som.
A língua deve voltar
ao seu lugar rapidamente, que é o fundo da mandíbula inferior. A rigidez da
língua dificulta as subidas estrangulando o som. Isto acontece, principalmente,
com os sons agudos. Fazendo exercícios com a língua fora da boca, se libera a
passagem do ar e os sons podem chegar até os ressonadores.
O véu do paladar deve
elevar-se para que o som se torne redondo, fechando as fossas nasais e
liberando o fundo da garganta.
Os lábios devem
obedecer à pronúncia. O som não dependerá de caretas ou contrações dos músculos
faciais.
APARELHO
RESSONADOR
O som produzido pela
vibração das cordas vocais é muito fraco, e seria inaudível se não fosse amplificado pelos ressonadores próximos
à laringe. Assim, como o som de uma corda de violão deve ressonar na caixa de
madeira, o som das cordas vocais deve passar pelos ressonadores para adquirir
brilho, amplitude e redondeza.
Os ressonantes mais
importantes são os ossos do peito (para os sons graves) e da cabeça (para os
sons médios e agudos).
A beleza, o timbre e a
amplitude da voz, dependem mais de qualidade dos ressonadores que das cordas
vocais.
As
cavidades de ressonância são faringe, cavidade nasal e fossas nasais, cujo
principal papel na fonação é reforçar ou não os harmônicos dando o aspecto
vocal final (qualidade) ao indivíduo. É Possível acrescentar um quarto
ressonador formado pela projeção e arredondamento dos lábios.
A região das cavidades
ósseas, entre a mandíbula superior e a testa, é chamada de “máscara”. É a região mais importante da ressonância
vocal.
“cantar na máscara” ou
“cantar para frente”, significa cantar usando os ressonadores faciais. Esses
ressonadores, porém, são os mais difíceis de alcançar.
A passagem do grave
para o agudo depende da adaptação da boca.
Imagens: internet- Google
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